quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

ÁFRICA E BRASIL: DOIS POVOS UMA SÓ HISTORIA - ARTESANATO AFRO-BRASILEIRO

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB   PRÓ – REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO – PROGRAD
PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA
EDUCAÇÃO BÁSICA – PLATAFORMA FREIRE – UAUÁ BAHIA
OFINAS ARTICULADAS
PROFESSORES: NELIO APARECIDO E MARIA IDALINA



ANTÔNIO DE SOUZA SANTOS
CAMILA COSTA DO CARMO
CELSO RODRIGUES DA SILVA
DORISNEIDE FELIX GONÇALVES
ELIZETE GONÇALVES DE SENA
KLÉBIA FERREIRA DOS SANTOS
LUZIANE GONÇALVES CORDEIRO
NELMA DIAS DA SILVA
ROZA PERPÉTUA ALVES DOS SANTOS
ROGÉRIO GONÇALVES DIAS


ÁFRICA E BRASIL: DOIS POVOS UMA SÓ HISTORIA





UAUÁ-BA/ 2013







ÀFRICA E BRASIL: DOIS POVOS UMA SÓ HISTORIA
                            ARTESANATO AFRO-BRASILEIRO










                                      UAUÁ-BA/2013


INTRODUÇÃO
                                    Este projeto tende a caracterizar o artesanato afro-brasileiro, subsídio e não como receitas feitas, impostas, para situar esse tipo de trabalho, a fim de conhecer  por meio de pesquisa,o tema prescrito artesanato africano em conjunto à arte brasileira, que se fundem, para dar origem a uma miscigenação cultural, com identidade própria ao dois povos, e características marcantes de cada arte, sendo o africano,com maior acentuação,pois, ser protagonizam como a  arte mãe, originária desse povo. Com maior idade temporal, ancestral para os nossos.
                                    Assim como em toda cultura, os padrões urgentes adquiridos são espalhados, acompanhados, copiados e até mesmo resguardados sendo dirigidos a poucos. O artesanato tornou-se instrumento de conduta e renda para determinada sociedade, que com o tempo muda da mesma maneira que ocorrem às transformações do próprio homem no contexto secular.
                                    Tal reflexão pode ser feita de maneira social cultural e até mesmo antropológica. Para conhecer a diversidade presente nessa sociedade, tão distante, se tratando de termos territoriais e colonizadores, mesmo que forçados o artesanato se estabelece como riqueza global de um povo, que busca sua própria identidade em uma sociedade, que se eleva, pelos trabalhos desenvolvidos dentro dela, assimilando com a cultura local valorizada, pelas ações decorrentes desses trabalhos, levando a criar vínculos e laços preestabelecidos pela cultura local vigente.
JUSTIFICATIVA
                                    A cultura afro-brasileira vem sendo aos poucos disseminada pela mídia onde alguns artistas divulgam seus trabalhos numa perspectiva de ampliar sua produção e despertar o interesse da sociedade pela sua arte. Apesar dessa prática manufatureira venha nos dias de hoje sendo propagada rapidamente no meio social, a escola como uma fonte de construção, conhecimento e desenvolvimento cultural e social, ainda não contempla ações que atendam às necessidades impostas pela sociedade.
                                    Neste sentido faz-se necessário a construção de um projeto que vise à implantação dessa cultura no meio educacional, mostrando sua importância econômica e social, fazendo-se oportuno trazer a discussão sobre a cultura afro-brasileira focalizando sua identidade, juntamente com os padrões homogeneizantes, desvalorizando e negligenciando a heterogeneidade e a diversidade de nossa cultura, omitindo a presença partícipe dos descendentes de escravos.
                                    Desse modo, parece-nos oportuno, trazer a discussão da cultura afro-brasileira enfatizando a arte e a estética dentro do artesanato.  


OBJETIVOS:
GERAL:
·         Perceber as influências multifuncionais dos dois povos, através da arte manufatureira, através do tempo abrangendo algumas de suas dimensões.
ESPECÍFICOS:
·         Informar o que é arte artesanal manufatureira;
·         Apresentar as variadas formas de artesanato;
·         Perceber a importância dessa arte para sua cultura;
·         Despertar o interesse pelo artesanato;
·         Comparar as influências culturais entre os dois povos;
·         Conhecer as características marcantes nos traços, formas, cores e texturas;
·         Discutir a riqueza que esta arte transmite;
·         Informar sobre a renda que esta arte proporciona;
·         Recriar as variadas formas de artesanato através da observação;
REFERENCIAS BIBLIÓGRAFICA

                                    Cultura afro-brasileira,  é dominada como  o conjunto de manifestações culturais do Brasil que sofreram algum grau de influência da cultura africana desde os tempos do Brasil colônia até a atualidade, trazida pelos colonizadores, em sua maior parte nos navios de tráfico de escravos. No Brasil a cultura africana sofreu também a influência das culturas européias que também vinham a populacionar o país (principalmente portuguesa) e indígena, de forma que características de origem africana na cultura brasileira encontram-se em geral mescladas a outras referências culturais.
                                    A cultura africana pode ser encontrada em traços fortes hoje com variados aspectos da cultura brasileira, como a música popular, a religião, a culinária, o folclore e as festividades populares. Os estados da Bahia, Pernambuco, Espírito Santo  Maranhão, , Alagoas,  Minas Gerais, , Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul foram os mais influenciados pela cultura de origem africana, tanto pela quantidade de escravos recebidos durante a época do tráfico como pela migração interna dos escravos após o fim do ciclo da cana-de-açúcar na região Nordeste.
Tradicionalmente, sem um olhar mais apurado na época colonial e no século XIX, os aspectos da cultura brasileira de origem africana passaram por um processo de revalorização a partir do século XX que continua até os dias de hoje. Segundo a enciclopédia virtual Wikipédia.
                                    De acordo com o colunista José Maria Nunes Pereira, a arte africana presente na sociedade, predominantemente do campo, não se ousa a ser uma produção literária da realidade, ou um objeto apenas de pura contemplação, mas ser designada como parte apenas de consistência estética espiritual.
                                    Embora nascida e se estabelecido por uma profunda raiz, a arte afro-brasileira, também chamada de “arte negra”, teve um percurso nos séculos que lhes possibilitou uma visão extensa da sua importância, como da sua autonomia em relação às outras culturas, em sua criatividade própria. Ela obteve um traçado de trocas entre as outras culturas, principalmente com os europeus num mundo escravocrata, e o católico, acarretando perdas e ganhos, continuidade e mudanças sem ter havido uma distância ruptca.
                                    Sua maior função é a transmissão dos valores emocionais, retratando a vida da comunidade as quais pertença, já que tenha um saber popular já estabelecido, como uma habilidade de entendê-la, que antecede qualquer reflexão, se apreciados não pelo que apresentam, mas pelo que representam.
                                    Ela se apresenta de forma clara sem a simetria, e a proporção que poderíamos esperar de arte igualitária, quase sempre tem a cabeça grande, para representar a personalidade, o saber, sobre tudo quando é o mais velho da comunidade.
                                    Assim como toda cultura, a africana,tem suas variações sobre a pressão étnica, mas toda sobre a luz do Criador, que emite uma força vital, que circula por todo o universo, e é passível a ser manipulada assim transferida por todos os seres, pela intervenção dos ancestrais, tendo como intermediários - intérpretes os emissários sacerdotes.
                                    A arte africana representa a utilização e costumes das tribos africanas. O objeto de arte é funcional e expressam muita sensibilidade. Nas pinturas como nas esculturas a presença da figura humana identifica a importância e a preocupação com os valores étnicos, morais e religiosos. A escultura foi uma forma de arte muito utilizada pelos artistas africanos usando-se os metais e materiais preciosos, como: o ouro, bronze e marfim como matéria prima. Representando um disfarce para a incorporação dos espíritos e a possibilidade de adquirir forças ocultas mágicas, as máscaras têm um significado místico e importante na arte africana sendo usadas nos rituais e funerais. As máscaras são confeccionadas em barro, marfim, metais, mas o material mais utilizado é a madeira. Para estabelecer a purificação e a ligação com suas entidades sagrada, são modeladas em segredo na floresta, que serve de refúgio e habitat de meditação e vigilância.
                                    As origens da história da arte africana estão situadas muito antes da história conhecida em registros. Junto com a África Subs-ariana, as artes culturais das tribos ocidentais, artefatos do Egito antigo, e artesanatos indígenas do sul também contribuíram grandemente para a arte africana. Muitas vezes, representando a abundância da natureza circundante, a arte foi muitas vezes interpretações abstratas de animais, vida vegetal, ou desenhos naturais e formas. Segundo o site enciclopédia virtual Wikipédia.

Arte africana na atualidade

As artes tradicionais da África estão sendo ainda trabalhadas, gravadas e usadas dentro de contextos tradicionais. Mas, como em todos os períodos da arte, importantes inovações também têm sido assimiladas, havendo uma convivência dos estilos e modos de procedimento já estabelecidos com essas inovações que surgem. Nos últimos anos, com o desenvolvimento das comunicações e dos transportes dentro do continente, um grande número de formas de arte tem sido difundido por entre as diversas culturas africanas. A arte Africana tem uma coisa interessante. Você pode achar semelhança entre dois países sem eles se assemelharem.
A arte cristã, também tem sido observada nos trabalhos de artistas contemporâneos, principalmente em igrejas e catedrais africanas. Nessa arte, já em terras brasileiras, está mais acentuada e maquiada os traços africanos e seus derivados, pois, foram na sua maioria construída pelo esforços escravistas da época. Vêem-se ainda na África, nos últimos anos, um desenvolvimento de formas e estruturas ocidentais modernas, como bancos, estabelecimentos comerciais e sedes governamentais. Os turistas também tem sido responsáveis por uma nova demanda das artes, particularmente por máscaras decorativas e esculturas africanas feitas de marfim e ébano.

As formas de arte africana

A pintura é dirigida na decoração das paredes dos palácios reais, celeiros, das choupas sagradas. Seus achaques, muito variados, vão desde formas essencialmente geométricas até a reprodução de cenas de caça e guerra. Serve também para o fenecimento das máscaras e para os adornos corporais. A mais importante manifestação da arte africana é, porém, a escultura. A madeira é um dos materiais preferidos. Ao trabalhá-la, o escultor associa outras técnicas (cestaria, pintura, colagem de tecidos).
As máscaras africanas
Nas artes plásticas africana, as "máscaras" são as formas mais conhecidas. Compõem resumo de elementos simbólicos mais variados se convertendo em expressões da vontade criadora do africano.
O que mais impressionaram os povos europeus foram os objetos que mais se destacaram, desde as primeiras exposições em museus do Velho Mundo, através de milhares de peças roubadas do patrimônio cultural da África, embora sem reconhecimento de seu significado simbólico.
                                    A máscara transforma o corpo do bailarino que guarda sua individualidade e, servindo-se dele como se fosse um suporte vivo e animado, encarna a outro ser; sabichão, animal mítico que é representando assim momentaneamente. Uma máscara é um ser que protege quem a carrega. Está destinada a captar a força vital que escapa de um ser humano ou de um animal, no momento de sua morte. A energia captada na máscara é controlada e posteriormente redistribuída em benefício da coletividade.

 

Esculturas

                                    A arte em madeira, chamada de “escultura em madeira” é produzida de diversas figuras que servem de atributos às divindades, podendo ser cabeças de animais, figuras indicativas a acontecimentos, fatos circunstanciais pessoais que o homem coloca frente às forças. Existem também objetos que significam poder, como insígnias, espadas  animais.
as e lanças com ricas esculturas em madeira recoberta por lâminas de ouro sempre denotando um motivo alusivo à figura dos dignitários. Os instrumentos de uso cotidiano, portas e portais para suas casas, cadeiras e utensílios diversos sempre repetindo os mesmo desenhos estilísticos. Contendo também esculturas de mulheres com seus filhos representando a fertilidade.
                                    Além das esculturas em madeira existem os objetos com pedras, podem ser alternadas por canudilhos metálicos ou de seda e algodão.
                                   

Ferro

                                    Os materiais feito com ferro, é utilizado a partir de uma prancha fundida mediante pressão e calor. São confeccionados muitos predicados em várias formas pelos Abomei, de quem é a imagem da entidade Gu, dono do ferro representado por uma figura antropomorfa. Com a mesma técnica são encontrados vários atributos a variadas entidades e também vários instrumentos musicais.
                                    Nestas, os detalhes da figura humana estão um pouco resumidos, enfatizando algumas marcas regionais, e nisto, assim como nas proporções gerais, diferem das de Ifé, nas que se percebe a procura dos modelos corporais, como se fossem retratos, dentro de um tamanho menor. As cabeças de bronze apresentam variedades de caracteres faciais, presos em detalhes perspicazes que permitem apreciar diferentes expressões nos rostos e até incluem algumas deformações anatômicas.
                                    Dentre a necessidade de acentuar as transformações da sociedade, e valorização das culturas populares nas escolas, foi criado um projeto de lei que incluirá no currículo brasileiro o ensino da cultura afro-brasileira pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), passando-se a exigir que as escolas brasileiras de  ensino fundamental e médio incluam no currículo o ensino da  História e Cultura Afro-Brasileira.


AÇÕES
ü  Escrever os alunos na oficina;
ü  Apresentar o grupo de mediadores;
ü  Instigar os alunos sobre o tema que será abordado;
ü  Proporcionar novas informações;
ü  Mostrar os diferentes tipos de artesanato e o material utilizado para confecção dos mesmos;
ü  Reproduzir o artesanato que será exposto;
ü  Participar ativamente dos trabalhos propostos;
ü  Socializar os trabalhos através da culminância.
  PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Neste trabalho estaremos apresentando o tema África e Brasil, dois povos e uma história, para introduzirmos a temática CULTURA NO ARTESANATO enfatizando o seu conceito e suas extensões e influências.
A princípio focaremos na cultura africana e como ela se estende em nosso território, seja ela nacional ou local para abranger aspectos e características marcantes daquela cultura que foi trazida para o nosso país sobre fortes repressões, mais que se tornou essencial inotória em nossa cultura.
Serão apresentados utensílios de barro, palha, madeira, pedra, cerâmica, telha de cerâmica, fibras de licurizeiro, cabaças, sisal, para que os alunos possam fazer uma comparação desses materiais originários da África e quais suas influências em seu cotidiano provocando certa discussão a respeito do que é o artesanato e como ele pode ajudar a desenvolver a sua localidade.
Buscando o interesse desses alunos pela cultura do artesanato local, usaremos como estratégias para chamar atenção do quanto é importante a valorização, com a reprodução de alguns desses materiais expostos para  assim criar nos alunos um senso de representatividade nos próprios traços dado à sua arte reproduzida.
AVALIAÇÃO
A avaliação será feita com base na participação e interação dos alunos na realização dos trabalhos.
Deve-se observar a desenvoltura dos alunos nas atividades propostas. De modo a verificar:
·         Compreende o tema proposto;
·         Demonstra interesse em participar dos grupos;
·         Usa a leitura como fonte de pesquisa;
·         Assimila a exposição oral e pratica junta equipe mediadora;
·         Desenvolve a construção do conhecimento teórico e prático;
·         Respeita as etapas para a construção das peças artesanais;
·         Desperta entusiasmo em conhecer a arte afro-brasileira;
·         Desconstrói a idéia de desrespeito e preconceito;
·         Valoriza a beleza dessa arte;
·         Participam da sistematização dos trabalhos produzidos por conta própria;
·         Por meio de discussão, debate e exposição.
Neste sentido despertem a sensibilidade pela pintura e esculturas percebendo a presença da figura humana que demonstra a preocupação com os valores éticos, morais e religiosos.


Referências

 

FONTE<“New” Giraffe Engravings Found>The 153 Club. Página visitada em 17/03/2013.

ENCICLOPÉDIA VIRTUAL <http://pt.wikipedia.org/wiki/Arte> acessado em 17/03/2013

ARTESANATO AFRICANO <http://www.artesanato.ipt.com.pt/artes/a> acessado em 17/03/2013

  ARTE DA ÁFRICA <http://www.watradehub.com/pt-pt/node/788> acessado em 17/03/2013

 A ARTE A FRO-BRASILEIRA<http://www.raulmendesilva.pro.br/pintura/pag009.shtml> acessado em 17/03/2013
 

Federal nº 10.639/03. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação

Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005.

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