segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

RESUMO INTRODUÇÃO A UMA CIÊNCIA PÓS-MODERNA




                                          Introdução A Uma Ciência Pós Moderna
De Boaventura de Souza santos
                                                           CAPÍTULO 1


DA DOGMATIZAÇÃO A DESDOGMATIZAÇÃO DA CIÊNCIA MODERNA
A epistemologia da ciência moderna e da técnica, ganha seu apogeu no período que acompanha a emergência e consolidação da sociedade industrial.
A reflexão epistemológica e a crise da ciência se distinguem em dois tipos de crise: as crises de crescimento e as crises de degenerescência.
Segundo Piaget, as crises de degenerescência são crises do paradigma, que atinge todas as disciplinas.
Piaget também afirma que epistemologia “é o estudo da constituição do conhecimento válido, em que o termo ‘constituição’ abrange tanto as condições de acesso como as condições propriamente constitutivas”. E reconhece que a epistemologia é um ramo essencial da filosofia, que a uma tendência a separação.
Neste contexto a epistemologia cientifica se se divide em duas concepções distintas: A do conhecimento cientifico, que inclui a epistemologia interior da ciência, como filosofia da ciência. Por outro lado as que se querem cientificar, as que se entregam no sistema de ciência, não pelo seu objeto, mas pelo método.
O círculo de Viena, e as ciências do positivismo, representa o apogeu da dogmatização da ciência. Entre os seus movimentos mais importantes, distinguidos entre três vertentes:
  • Dentro do Círculo é o saber se as proposições básicas tem um estatuto de cientificidade do conhecimento científico que procuram fundar.
  •  Jogo da linguagem (A luta contra a tentação de procurar a linguagem).
  • Estabelecer como condição lógica das proposições científicas, a falsificabilidade, e não verificabilidade.

A desconstrução hermenêutica de Bachelard se constrói por duas razões principais:
  • É a construção lógica do processo cientifico;
  • Representa o máximo de consciência possível, de uma concepção da ciência, apostada na defesa da autonomia e do acesso privilegiado à verdade do conhecimento científico.




CAPÍTULO 2
CIÊNCIA E SENSO COMUM
Afirma Bachelard que a ciência se opõe absolutamente á opinião. Em ciência, nada é dado, tudo se constrói. O senso comum, o conhecimento vulgar, a sociologia espontânea, a experiência imediata, tudo isto são opiniões, formas de conhecimento falso com que é preciso romper para que se torne possível o conhecimento científico, racional e válido.
A ciência constrói-se contra o senso comum, dispondo-se de três atos epistemológicos fundamentais: a ruptura, a construção e a constatação. O senso comum é um conhecimento evidente que pensa o que existe tal como existe e cuja função é ade reconciliar a todo custo a consciência comum com sigo mesma, um pensamento conservador e fixista.
No domínio das ciências sociais, a ruptura epistemológica obedece ao princípio: da reformulação ao nível da lógica da sociologia e do determinismo metodológico que nenhuma ciência pode negar sem se negar ase próprio.
 A ruptura epistemológica bachelardiana interpreta com fidelidade o modelo de racionalidade que subjaz ao paradigma da ciência moderna interpreta-o mais facilmente que as idealistas ou empiristas que durante muito tempo mediram forças no campo epistemológico. O paradigma da ciência moderna só é compreensível dentro dele contra o senso comum e recusa as orientações para avida prática que dele decorem cuja forma de conhecimento procede pela transformação da relação eu/tu em relação sujeito/objeto.
Este paradigma pressupõe uma única forma de conhecimento válido, o conhecimento científico, cuja validade reside na objetividade de que decorre a separação entre teoria é prática, ciência e ética.

CAPÍTULO 3

METODOLOGIA E HERMENÊUTICA!
Fala-se da crítica elaborada entre o senso comum e a ciência propriamente dita. Não cabe igualar a ciência filosófica ao conhecimento popular, ambos têm crucial importância, porém, o que seria do mundo sem os estudos da ciência. Esta separação implica na crítica social e no pensamento questionado do que é real. Para que a ciência se desenvolva é preciso a crítica e o questionamento da realidade. No entanto, a crítica por si precisa plasmar no processo de transformação da realidade.
A questão do unitarismo ou do dualismo epistemológico entre as ciências naturais e as ciências sociais está desde o início marcado pela hegemonia da filosofia positivista das ciências naturais. A construção da hegemonia das ciências sociais está, dealgum modo, antecipada na epistemologia pragmática e na concepção pragmática de verdade. A hegemonia das ciências sociais exprime-se tão só em que os seus modelos herméticos serão cada vez mais usados pelas próprias ciências naturais e, por isso, a aproximação entre os dois universos científicos far-se-á no sentido das ciências sociais.

CAPÍTULO 4
METODOLOGIA E HERMENÊUTICA II

O capítulo fala sobre o discurso metodológico entre teoria e método, que ocasionou o grande debate metodológico da ciência moderna para saber qual participação na criação do conhecimento do sujeito, do objeto, da teoria e dos fatos e da observação.
Trata também do contexto e argumentação onde a metodologia racionalista é constituída por um avanço no aprofundamento da consciênciacientífica moderna. A ciência se torna reflexiva entre a relação sujeito-objeto, e é suspensa, e o sujeito epistêmico analisa a relação consigo mesmo, diferentemente do sujeito empírico.
Entre as ciências naturais e a ciências sociais, a sociais é mais complexo determinar estratos de sentido. As ciências sociais tem aceitado que seus objetos reais sãosistema abertos, as ciências naturais e seus objetos são sistemas fechados.
A retórica constitui uma longa tradição no pensamento ocidental, a marginalização da retóricaa partir de DESCRTES, trata-se no discurso metodológico, e é considerado falso tudo aquilo que é apenas provável. A teoria da argumentação do discurso científico chama a atenção para a importância da linguagem.
 A concepção retórica da ciência permite ainda chamar atenção para os elementos não cognitivos no discurso científico, público ou privado. O paradigma da ciência moderna na sua constituição positivista suprime o processo de conhecimento de todo elemento cognitivo.
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CAPÍTULO 5
A SOCIOLOGIA DA CIÊNCIA E DUPLA RUPTURA EPISTEMOLÓGICA
A sociologia da ciência e dupla ruptura epistemológica apresentam a sociologia da ciência como constituição recente. A influente tradição dessa disciplina foi estabelecida por Robert Merton a partir de 1942. Pode conceber a sociologia da ciência como um ramo da sociologia do conhecimento. Na década de trinta e início de década de quarenta a posição social das ciências nos EUA caracterizava-se ao nível interno, por uma reação difusa de hostilidade contra a ciência e suas aplicações pela politização da ciência levada a cabo pelo nacional-socialismo da Alemanha.
O desenvolvimento tecnológico do capitalismo desencadeou a revolta das classes operárias girando um movimento social humanitário anticiência. O interesse pela investigação da ciência a teoria de Merton foi responsável pela problematização da área de pesquisa com interesse social e político. A aplicação da ciência ressalta a sua ligação á máquina de guerra.
Uma vez feita a ruptura epistemológica, o ato epistemologicamente mais importante é a ruptura com a ruptura epistemológica. Criar um conhecimento novo e autônomo deixa de ter sentido se entrar em confronto com o senso comum, e se esse conhecimento não se destinar a transformar o senso comum e a transformar-se nele. Distribuir equitativamente as competências argumentativas supera os saberes por dentro interpenetrando- os com sentidos produzidos em outros saberes locais e em cada um dos contextos de interação a cada momento feitos, desfeitos e refeitos na nossa sociedade.

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