terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Profissão de Professor


Profissão: Professora
Estado Físico: Cansada.
Estado externo corporal: Flácido, enrugado, rosto manchado pela linha do tempo, e pelo estresse diário e acumulo de trabalho.
Socorro!
Clínica de estética urgente! Tenho que fazer algo para disfarçar os traços visíveis do tempo que estão firmados na minha experiência. Que medo, muito medo, tenho que salvar minha juventude. Todo mundo “tem” que ser jovem, ou pelo menos me manter, para continuar os traços tão presentes na profissão que é ser professor.
E agora, o que faço com tanta responsabilidade? Preciso buscar novos conceitos e destrinchar os labirintos da educação focando o máximo na redistribuição ligada as novas experiências passadas de geração em geração, criando novos fios multidisciplinares, nos fazendo únicos e ao mesmo tempo diferente, para reassumirmos nossa condição de narradores que busca resgatar o respeito ao magistério e o desejo de uma escola onde caibam todos independentes nas falas e não esperar que ninguém dite regras a serem cumpridas.
Mas dentro disso tudo, precisamos lutar e transformar em um tempo e espaço, trocando experiências, criando relações amorosas e solidárias para podermos anunciar os novos tempos.
Mais como fazer isso tudo com minha condição avançada de idade? Será que posso mesmo contribuir para a nova escola, com um novo conceito de educação?
Respostas são muitas, perguntas, ainda mais.
Mais o que precisamos mesmo é um regime educacional capaz de alterar comportamentos e incluir valores nos indivíduos, centralizando a profissão, que já foi muito valorizada e hoje se perdeu num caminho de interpretações invariáveis e contrárias, numa caracterização de um ser tão especial, dilatador de informações e exemplos pra muitos.
Por isso tenho que me manter firme e forte para agüentar tantas transformações num mundo onde cabem todos, de tamanhos e formas diferentes, inclusive a minha, estetizada ou não.

Diante disso, o que vai importar é o meu valorizar diante de tal enigma pressuposto pela minha tão querida e desmascarada profissão. Sabendo que, se eu não dê o máximo de mim para educação em que estou inserido, jamais poderei mudar pelo menos o meu próprio “mundinho”. 

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