sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

ANÁLISE DE UMA SITUAÇÃO DE DIFICULDADE DE ENSINO/APRENDIZAGEM


UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS-DCH-III
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES – PARFOR CURSO: LICENCIATURA EM PEDAGOGIA        COMPONENTE CURRICULAR: PSICOLOGIA II
            PROFESSORA-PESQUISADORA: VIRGÍNIA ALVES PASSOS


ATIVIDADE COMPLEMENTAR


CELSO RODRIGUES DA SILVA
ROGÉRIO GONÇALVES DIAS




ANÁLISE DE UMA SITUAÇÃO DE DIFICULDADE DE ENSINO/APRENDIZAGEM








UAUÁ- BAHIA
     MAIO/2013

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS-DCH-III
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES – PARFOR CURSO: LICENCIATURA EM PEDAGOGIA        COMPONENTE CURRICULAR: PSICOLOGIA II
            PROFESSORA-PESQUISADORA: VIRGÍNIA ALVES PASSOS


ATIVIDADE COMPLEMENTAR





 DIFICULDADE DE ENSINO/APRENDIZAGEM








UAUÁ- BAHIA
     MAIO/2013


           

SUMÁRIO

     

 1. INTRODUÇÃO.

2. OBJETIVOS.
2.1 GERAL.
      
 2.2 ESPECIFICO.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.
 3.1. A IMPORTÂNCIA DE SE CONHECER OS PROBLEMAS MAIS           COMUNS DE APRENDIZAGEM, ANTES DE ROTULAR OS ALUNOS.

3.1.1 ACREDITAR NA CAPACIDADE COGNITIVA DA CRIANÇA COM DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM.


4. DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO.
5. CONCLUSÃO.
6. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

 7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA






INTRODUÇÃO

Esta pesquisa foi desenvolvida através de entrevistas, com professoras psicopedagogos, que visa abordar as questões que envolvem alguns alunos do ciclo básico inicial com suspeitas de dificuldades de aprendizagem, como também analisar e reter conhecimentos essenciais para enfrentar o processo de aprendizagem. Outros problemas deverão ser analisados como problemas emocionais, processos de ensino inadequados, falta de maturidade da criança para iniciar a alfabetização e de falta de possível afetividade por parte da família.
Justifica-se a escolha para desenvolver as habilidades básicas necessárias ao conhecimento das deficiências vista por teóricos e salientadas pelos alunos da PARFOR, em relação a alfabetização, tendo em vista a grande dificuldade encontrada pela maioria dos professores. Todos os envolvidos com as crianças devem criar ambiente estimulador que ative os seus esquemas de pensamento, buscando um aprendizado de forma continua e que abordem todos de uma só vez, mais com diferentes metodologias.
Para reconhecer em uma criança com um provável problema de déficit de aprendizagem, se faz necessário primeiramente entender o que é aprendizagem e quais os fatores que nela intervêm. A aprendizagem é um processo complicado que se atende no interior do indivíduo e se manifesta em uma mudança comportamental. Para se situar se houve ou não aprendizagem é preciso que as mudanças ocorridas sejam relativamente constantes. Existem pelo menos sete fatores fundamentais para que tal aprendizagem se efetive. São eles: saúde física e mental, motivação, prévio domínio, maturação, inteligência, concentração ou atenção e memória. A falta de um desses fatores pode ser a causa de insucessos e das dificuldades de aprendizagem que irão surgindo, através da ações contidas no decorrer da trajetória escolar.
A partir das entrevistas e das atividades estudadas, pode-se entender que uma criança é tida com dificuldades de aprendizagem, quando apresenta desvios da expectativa de comportamento do grupo etário a que pertence, ou seja, quando ela não está ajustada aos padrões da maioria desse grupo, e, portanto, seu comportamento é perturbado, diferente dos demais.
Cabe ao educador trabalhar também com a motivação, maturação dos alunos, bem como metodologia, recursos e procedimentos para criar uma atmosfera agradável para o aprender e sobretudo com as informações do meio em que o aluno está inserido.
Para Vygotsky, é o próprio meio que influencia na aprendizagem da criança, ou seja, a criança constrói o seu conhecimento a partir do momento em que interage com outras crianças. Essa socialização gradativa garantirá novos horizontes no seu aprendizado. Já Piaget destaca que a aprendizagem se processa em períodos e que a criança aprende de acordo com a faixa etária. Outra teoria considerável é a da Emília Ferreiro, acreditando que a criança que convive num ambiente onde os pais são cidadãos que possuem maior grau de informação, possuem maiores condições de serem alfabetizados com mais frequência, devido ao acesso a leitura e a escrita.
2. OBJETIVOS:
2.1 GERAL:
·         Desenvolver a capacidade de integração que favoreça estes alunos a compreenderem suas dificuldades no processo de ensino, para que este possa adquirir progressivamente conhecimentos de organização de seu mundo.

2.2 ESPECÍFICO:
·         Motivar os alunos através de atividades lúdicas para o desenvolvimento do ensino aprendizagem;
·         Promover o aprendizado em grupo, a cooperação e a parceria;
·         Estimular o intercâmbio social, a autonomia e a solidariedade dos alunos;
·         Desenvolver estratégias criativas para amenizar o déficit de aprendizagem;
·         Propiciar condições concretas para que os alunos desenvolvam suas habilidades.
·         Adquirir progressivamente conhecimentos que lhes ajude a organizar e a sistematizar tanto sua escrita como sua oralidade, já que eles apresentam tais dificuldades.
·         Apontar as ações de seu cotidiano que contribua para uma possível observação de suas dificuldades de aprendizagem.
·         Integrar a família ao trabalho da escola, através de ações sociais e culturais.


3.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1. A IMPORTÂNCIA DE SE CONHECER OS PROBLEMAS MAIS COMUNS DE APRENDIZAGEM, ANTES DE ROTULAR OS ALUNOS.
            Chamado corriqueiramente pelos professores de dificuldade de aprendizagem é um problema que é vivenciado diariamente por educadores em sala de aula e que desperta a atenção para a existência de crianças que frequentam a escola e apresentam problemas de aprendizagem. Por muitos anos, tais crianças têm sido ignoradas, mal diagnosticadas e maltratadas por não acompanharem a turma e que são taxadas de preguiçosas, lentas, que não querem nada, que não tem perspectiva de vida, e que são abordadas erroneamente por profissionais que não fazem uma investigação completa e diagnosticam precocemente.  A dificuldade de aprendizagem vem frustrando a maior parte dos educadores, pois na maioria das vezes não encontram solução para esse problema por falta de informação e de onde encaminhar para um tratamento.
Observamos que as crianças com D.A apresentam um desafio em matéria de diagnóstico e educação. No entanto, não é difícil encontrar docentes que consideram esses alunos uma pedra no caminho. Essa atitude não só desconsidera o aluno, como também encobre a prática docente do professor, que atribui ao aluno certos adjetivos por falta de conhecimento sobre o assunto em questão. Muitos desses professores desconhecem, por completo, que essas mesmas crianças podem estar apresentando algum problema de aprendizagem de ordem orgânica, psicológica, social ou outra. É indispensável ao professor, antes de rotular os seus alunos, conhecer os problemas mais comuns no ensino-aprendizagem para que seu horizonte de reflexão e, consequentemente, as suas percepções e a visão do todo se ampliem.
Segundo Maria Lúcia Weiss,
A aprendizagem normal dá-se de forma integrada no aluno (aprendente), no seu pensar, sentir, falar e agir. Quando começam a aparecer “dissociações de campo” e sabe-se que o sujeito não tem danos orgânicos, pode-se pensar que estão se instalando dificuldades na aprendizagem: algo vai mal no pensar, na sua expressão, no agir sobre o mundo.
Ao professor é enfatizada também a importância do conhecimento do conteúdo da disciplina a ser lecionada por ele, fazendo-o esquecer-se de que ele é professor. Isso também acontece na vida moderna – aliás, é uma das suas características – em que o indivíduo se especializa ao ponto de, muitas vezes, embaçar a sua visão do todo. Ora, existem alunos em sala de aula, e estes estão lá para aprender, mas a forma como a matéria é ensinada deve ser tão importante quanto à própria matéria. Por exemplo, não adianta termos um livro que explique tudo o que precisamos para o conhecimento de que necessitamos, se ele estiver escrito não somente numa forma antididática, mas também numa linguagem que desconhecemos por completo. O que desejamos dizer é que a forma de ensinar deve ser levada a sério e, por isso, é tão importante quanto o conteúdo, e como tal deve merecer respeito e compreensão por parte dos gestores, por ter consciência que educação não se faz só entre paredes e sim num mundo externo.
Souza (1996) afirma que as dificuldades de aprendizagem aparecem quando a prática pedagógica diverge das necessidades dos alunos. Neste aspecto, sendo a aprendizagem significativa para o aluno, este se tornará menos rígido, mais flexível, menos bloqueado, isto é, perceberá mais seus sentimentos, interesses, limitações e necessidades.
A forma de ensinar abrange a observação da criança em sala de aula ou em outras atividades como educação física, educação artística e recreio. Devemos verificar como a criança brinca, ouvir o que ela tem a dizer, ouvir as conversas das crianças entre si, tentar perceber como ela vê o mundo, como organiza o seu modo de pensar, qual a sua lógica, permitir que ela manipule objetos diversos, que movimente e aprenda os diferentes conteúdos, utilizando o seu corpo inteiro.
Segundo Barros (1993), o dado mais concreto, real e permanente que a criança possui é o seu próprio corpo, no qual ficam registradas todas as experiências, sensações e sentimentos. A criança deve ser analisada de maneira global, pois o ser humano é uma unidade indivisível, na qual todos os sistemas estão inter-relacionados e são interdependentes. A criança vive num corpo que se relaciona, que cria, que se expressa, que sofre repressões, que vibra, que se movimenta.
Escreve Miranda:
É através do corpo, que recebemos as informações sobre o que acontece fora e dentro de nós. Somos um organismo que, na sua estrutura biológica, tem funções altamente diferenciadas e evoluídas no nível da consciência. Portanto, nada existe em nosso organismo que não esteja relacionado com seu funcionamento, na sua totalidade. (Miranda, 2000, p. 18)
Talvez a maior dificuldade no relacionamento entre educadores e crianças com problemas de aprendizagem seja justamente a falta dessa visão global do ser humano, pois a tendência atual é analisar a criança parte por parte, como se ela fosse só um cérebro, um ouvido, um nariz ou um par de olhos.
3.1.1 ACREDITAR NA CAPACIDADE COGNITIVA DA CRIANÇA COM DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM
Também temos presenciado alguns educadores colocando que crianças de baixa renda são incapazes de aprender, que seu aluno não aprende porque seu pai também era “burro” na época em que estudou naquela escola, e que quando entram na sala de aula precisam, infelizmente, baixar o nível de suas explicações, pois, do contrário, os seus alunos não aprendem. Estas e outras conversas absurdas são colocadas nas salas por alguns professores. Por que não buscar soluções e trocar de experiências com os colegas em vez de rotular seus alunos? É fácil atribuir a uma criança uma deficiência cognitiva a partir de uma resposta imprópria que ela dá a um teste, mas se o sujeito fosse um adulto bem colocado socialmente, respondendo do mesmo jeito, a interpretação seria bem diferente. Isso sem falar das crianças excepcionais e lesadas cerebrais, que para muitos educadores parecem incapazes de aprender e não passam de meros cascalhos, mas que, na verdade, são pedras preciosas, que na sua simplicidade e alegria nos ensinam a viver, e, quando se acredita no seu potencial e na sua capacidade cognitiva, elas aprendem.
Para Watzlawick (1994), a utilização do termo “distúrbio de aprendizagem”, chama a atenção para a existência de crianças que freqüentam escolas e apresentam dificuldades de aprendizagem, embora aparentemente não possuam defeitos físicos, sensoriais, intelectuais ou emocionais. Esse rótulo, segundo o autor, ocasionou durante anos que tais crianças fossem ignoradas, mal diagnosticados ou maltratados e as dificuldades que demonstravam serem designadas de várias maneiras como “hiperatividade”, “síndrome hipercinética”, “síndrome da criança hiperativa”, “lesão cerebral mínima”, disfunção cerebral mínima”, “dificuldade de aprendizagem” ou “disfunção na aprendizagem”.
Quem é mais inteligente aquele que fez seu doutorado ou aquele que constrói uma cadeira? Ninguém faz uma cadeira por instinto, mas por conhecimento adquirido.
O que precisamos entender é que dificuldades de aprendizagem todas as pessoas têm, e por muitas razões e causas. Essas dificuldades aparecem em função do que se tem para fazer. Um adulto tem dificuldade para lidar com um computador, embora na universidade seja um respeitável cientista ou um homem culto; já o seu filho, utiliza-o sem maiores problemas. Partimos do princípio de que, dificilmente, as crianças são iguais, que a diferença entre os indivíduos de um certo grupo é fundamental, pois sem essa desigualdade não seria possível a troca e, conseqüentemente, o alargamento das capacidades cognitivas pelo esforço partilhado na busca de soluções comuns.
4. DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO
Neste trabalho foi assinalado em primeiro lugar, as possibilidades de escolha dos professores a serem entrevistados pelos os organizadores do trabalho, alunos da PARFOR, com o intuito de observar e obter informações a respeito de alunos que possam ter possíveis dificuldades de aprendizagem, pelo olhar critico dos seus professores, já que são eles o espelho de seus alunos, refletindo suas angústias até mesmo fora de sala de aula.
            Ao começa as entrevistas podia se observar que tais profissionais conheciam do assunto, dificuldade de aprendizagem, já que possuíam um titulo de psicopedagogas, e que vivenciam no dia-a-dia em sala de aula problemas semelhantes aos questionados.
            Quando demos inicio as inquietações através de perguntas, os mesmo responderam com propriedade do assunto, focando no que não se deve fazer ao afirmar que tais crianças tenham déficit de aprendizagem. Pois relataram que somente pelas mãos de um profissional ou profissionais qualificados para identificar se realmente se trata de tal transtorno. Levando também em conta que somente uma observação a olho nu, não o caracteriza com uma provável deficiência.
As entrevistas ocorreram nas residências das profissionais individualmente, no período noturno, do mês corrente, com os aparates tecnológicos simples como um celular gravador, para que não se perdessem nenhuma informação importantes a ser declarada e depois comprovada, pelas mesmas, já que quando terminaram os questionamentos, as mesmas pediram para ouvir o que tinha sido gravado.
Tais informações se encontram logo abaixo, intitulada como “professora 1 e 2”:

1-Como identificar transtornos de déficit de aprendizagem numa criança?
Professora 1:
Detectar quaisquer transtornos de déficit de aprendizagem numa criança é uma tarefa difícil, porque exige do educador um olhar aguçado, é preciso que ele se despida de muita coisa, pra poder ver a criança, conhecer a realidade dela, conhecer a família dela, pra poder entender-la na sua dificuldade, nas atitudes, nas ações e reações, a maneira que essas criança respondem a aprendizagem dada.
2- Quais os sintomas apresentados pelas crianças que desenvolve uma um déficit de aprendizagem
Professora 1:
Os sintomas apresentados de primeiro momento, uma inquietude incomum, uma impaciência, uma maneira constante de movimentar-se a todo tempo, de mexer constantemente os membros superiores e inferiores, por não permanecer quieto na cadeira por muito tempo. Então essa impaciência me mostrou que algo era diferente naquela criança, algo acontecia no mundo dela, que tava impedindo dela avançar na aprendizagem.


3º E nas tarefas como foi detectados as dificuldades de aprendizagem?
Professora 1:
Nas atividades, em relação a escrita já de principio mostrava muita dificuldade em articular as letras em produzir silabas,sons, em ver sentido real das palavras geralmente entendida como déficit mesmo de letramento de silabação e percebia que a criança se dava melhor, demonstrava melhor aprendizagem falando, oralmente, logo eu percebi que no falar não precisa de juntar letra, de perceber silaba, e isso foi me mostrando o caminho, que aquela criança precisava de uma atenção especial, cuidados, até diagnosticar qual era o problema dela.
4º Essa criança tinha alguma patologia especifica?
Professora 1:
Bom, essa específica é um fator um tanto polêmico, por que demanda muitos profissionais é uma situação inclusive que é precisa ser dimestificada, tem que deixar desfazer os estereótipos em torno disto. Hoje qualquer rebeldia, qualquer falta de limite, qualquer falta de educação é entendido como transtornos, déficit e a coisa não é bem assim, para se chegar a uma conclusão de transtornos de déficit de aprendizagem  é  necessário muita investigação, é necessário provas e testes específicos com aquela criança para poder chegar a um diagnostico.
Nesse caso é necessária uma equipe multidisciplinar que envolva fonoaudiólogo, psicopedagogo, psicólogo, neurologista pra saber se aquela criança tem uma patologia, algo genérico, que tenha haver com o físico dela, ou se é apenas uma dificuldade relacionada a cognição.

5º E como você resolveu essa situação?
Professora 1:
A dificuldade de aprendizagem dele, eu resolvi da seguinte maneira: Visitando a família, conhecendo de perto a realidade dele, e nessas visitas eu descobrir que essa criança convive com os avôs, que os pais são separados, e que inclusive a avó foi internada num sanatório, varias vezes e que tem um grau severo de depressão, que toma remédio controlado, que não tem apoio nenhum em casa da família. E enquanto isso na sala eu trabalhei com essa criança com afetividade, com todo carinho que ela precisava no sentido de aprendizagem. Trabalhei com atividade que pudessem elevar a auto-estima dela, fazendo ela se entender, se reconhecer, reconhecer sua identidade e gradativamente ela foi vencendo suas dificuldades.



1º Você tem algum aluno que poderia ter dificuldades de aprendizagem? E como você identificou a deficiência na aprendizagem desse aluno?
Professora 2
A criança em questão ela tem alguma características que podem ser relacionadas a déficit de aprendizagem. Pro fato ser comprovado, precisa de uma investigação muito grande pra poder se comprovar. Mas, uma das características que ele apresenta é de falar ou não falar daquele jeito meio devagar mesmo, e depois n se lembrar do que fez, e na mesma hora que ele faz o nome dele ele faz e depois vai ter que colar e já se fala de uma criança de oito (8) anos de idade. Então pode considerar como déficit de aprendizagem. Porque ele já passou da idade dela já está sabendo as letras, de está fazendo o nome dele, e aí ele fica assim muito leve nas coisas, o tempo pra ele passa diferente, não é igual a dos outros, e isso pode ser uma características de déficit de aprendizagem.

2º Você fez alguma pesquisa pra descobrir isso, ou foi só a olho nu?
Professora 2:
Então é como eu estou falando, são algumas características que coincidem, não posso dizer que ele tem, pois não foi feito nenhum trabalho de investigação.


3º E qual foi o seu trabalho pra resolver essa situação?
Professora 2
Como não tem nenhuma comprovação desse déficit de aprendizagem, foi feito o trabalho em sala de aula, ajudando na questão de chamar mais atenção dele manter ele mais em alerta que ele é muito desligado, fazer mais atividade relacionadas ao nome dele, que as letras do nome dele ora ele lembrava depois ele já perguntava: que letra é? Qual é a letra? Do próprio nome dele. Então foi feito mais atividade, mas, no entanto, foi muito pouco rendimento.
4º Mas essa investigação foi só na sala de aula ou você saiu, em busca da família, no meio em que ele vive pra tentar identificar com mais propriedade?
Professora 2:
Não exatamente. Andei conversando com a mãe, só que a mãe é uma pessoa que tem uma informação suficiente pra poder falar abertamente do assunto de procurar um profissional, que é pessoa que tem um poder aquisitivo baixo, então não tem condições de procurar um psicopedagogo, por exemplo, pra poder ajudar na investigação. E aí eu conversei mais com ela pra dobrar mais atenção nas atividades, dizendo que de fato ele está atrasado, que a aprendizagem dele está em déficit. Mas não vejo exatamente o problema déficit de aprendizagem. Pode haver outras questões externas que acho que tem influenciado.
Durante as atividades de estudo para o tema, foram pesquisados sites da internet, blogs, apostilas sobre as dificuldades de aprendizagem, já que eram as fontes mais próximas de nossas possibilidades e realidade.
Portanto, o que mais chamou nossa atenção em nossa pesquisa, foi a disponibilidade dos profissionais entrevistados e o trabalho desenvolvido por eles para resolver ou pelo ao menos amenizar esse fatos reais e que se tornam muito mais comum do que se espera, em virtude da não informação correta a respeito desse assunto.
Podemos então argumentar e propor que toda escola mesmo ela sendo pequena, tenha um acompanhamento de um profissional qualificado na área para respaldar o professor quando ele estiver nessa situação. Podendo também encaminhar essas crianças para um atendimento especifico em clinicas que contenham profissionais como pedagogos, psicopedagogos, psiquiatras, fonoaudiólogo, psicólogos, já que nossas crianças são carentes mesmo de informação, tais como seus pais.
Fazer um acompanhamento prévio com suas famílias, para identificar mais de perto, sobre como essa crianças vivem e em que situações são postas. Fazendo com que essas famílias se conscientizem sobre a situação em que seus entes estão inserido e que podem está precisando de ajuda, principalmente afetiva.
Diferenciar os métodos, de acordo com a necessidade de cada aluno, já que se foi diagnosticado como um dos possíveis deficientes em aprendizagem. Sabemos que não é tarefa fácil usar de atividades diversificadas, já que nossas escolas não detêm de materiais específicos para tais alunos, e tempo disponível para os mesmos, já que temos de dar conta de uma sala inteira, cheia de aluno, com distorção de idade e sem apoio da secretaria quanto a outro profissional como um auxiliar em tempo integral a do professor.
Trabalhar constantemente em grupo com os alunos, para que eles tenham a destreza e habilidade de trabalharem juntas em socialização de conteúdos, para que possam organizar e sistematizar os assuntos referentes à sua vivencia seja ela dentro ou fora da escola.

5. CONCLUSÃO
Um educador não pode subestimar a criança, deve proporcionar um meio cultural de experiências enriquecidas, no qual possa desenvolver plenamente suas capacidades. O que é preciso entender é que dificuldades de aprendizagem todas as pessoas têm, e por muitas razões e causas e as mesmas aparecem em função do que se tem para fazer.
Na entrevista com as professoras, elas relatam que seus alunos apresentam algumas características relacionadas ao déficit de aprendizagem. Segundo sua observação o aluno aprendia mais em seguida esquecia de que tinha aprendido, notando que ele não tinha atenção durante as aulas e não desenvolvia suas habilidades para facilitar a construção e a sistematização de seus conhecimentos. Após observar notou que este aluno não dominava a escrita nem mesmo a oralidade, sentindo muita dificuldade.
Então as professoras procuraram conhecer suas famílias percebendo que estes alunos eram filhos de pais separados, por isso, não sabia dizer esta dificuldade de aprendizagem era efeito do processo de desenvolvimento cognitivo ou por este aluno não ter um base familiar estruturada.
Portanto, procurou ajudá-los, fazendo atividade que o levassem, ater mais concentração durante as aulas e assim levá-los a ter um maior desenvolvimento.
Todas as crianças, independentes de quaisquer atributos usados para defini-las, possuem condições para, por si mesmas, progredirem do ponto de vista do conhecimento. Cabe ao educador, proporcionar um ambiente rico e desafiador, compreendendo que o processo de aprendizagem baseia-se na ação do sujeito, inicialmente, as ações concretas sobre objetos concretos respondem pela constituição dos esquemas, e no último estágio, as ações abstratas (operações) sobre objetos abstratos respondem pela continuação dos conceitos.

6. Cronograma de atividades

Data
                                      Atividade
30/04/2013
Estruturação da atividade e organização das equipes
01/05 a 03/05
Período para realização da atividade e prática Análise das entrevistas e elaboração do relatório
04/05
Envio do relatório (por email)
           
 7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BARROS, Cristiane G. Controle social e desvios. Revista Brasileira de Filosofia, v. XLI, n.172, out./nov./dez.1993, p. 396-412
WATZLAWICK, Paul. (org.). A realidade inventada. São Paulo: Psy Editorial, 1994.
MIRANDA, M. I. Crianças com problemas de aprendizagem na alfabetização:contribuições da teoria piagetiana. Araraquara: JM Editora, 2000.
SOUZA, E. M. Problemas de aprendizagem – Crianças de 8 a 11 anos. Bauru:
EDUSC, 1996.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989
MIRANDA, M. I. Crianças com problemas de aprendizagem na alfabetização:contribuições da teoria piagetiana. Araraquara: JM Editora, 2000.
Pedagogia ao pé da letra. Disponível em: http://www.pedagogiaaopedaletra.com.br/posts/um-enfoque-sobre-as-dificuldades-de-aprendizagem-de-alunos-do-ciclo-basico-inicial/ Acesso em maio de 2013.

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