DEPARTAMENTO DE
CIÊNCIAS HUMANAS-DCH-III
PROGRAMA
NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES – PARFOR CURSO: LICENCIATURA EM PEDAGOGIA COMPONENTE CURRICULAR: PSICOLOGIA II
PROFESSORA-PESQUISADORA: VIRGÍNIA
ALVES PASSOS
ATIVIDADE
COMPLEMENTAR
CELSO RODRIGUES DA SILVA
ROGÉRIO GONÇALVES DIAS
ANÁLISE
DE UMA SITUAÇÃO DE DIFICULDADE DE ENSINO/APRENDIZAGEM
UAUÁ-
BAHIA
MAIO/2013
DEPARTAMENTO DE
CIÊNCIAS HUMANAS-DCH-III
PROGRAMA
NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES – PARFOR CURSO: LICENCIATURA EM PEDAGOGIA COMPONENTE CURRICULAR: PSICOLOGIA II
PROFESSORA-PESQUISADORA: VIRGÍNIA
ALVES PASSOS
ATIVIDADE
COMPLEMENTAR
DIFICULDADE DE ENSINO/APRENDIZAGEM
UAUÁ-
BAHIA
MAIO/2013
SUMÁRIO
1.
INTRODUÇÃO.
2.
OBJETIVOS.
2.1
GERAL.
2.2 ESPECIFICO.
3.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.
3.1. A IMPORTÂNCIA DE SE CONHECER OS PROBLEMAS
MAIS COMUNS DE APRENDIZAGEM,
ANTES DE ROTULAR OS ALUNOS.
3.1.1 ACREDITAR
NA CAPACIDADE COGNITIVA DA CRIANÇA COM DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM.
4.
DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO.
5. CONCLUSÃO.
6. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
7.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
INTRODUÇÃO
Esta pesquisa foi
desenvolvida através de entrevistas, com professoras psicopedagogos, que visa
abordar as questões que envolvem alguns alunos do ciclo básico inicial com suspeitas
de dificuldades de aprendizagem, como também analisar e reter conhecimentos
essenciais para enfrentar o processo de aprendizagem. Outros problemas deverão
ser analisados como problemas emocionais, processos de ensino inadequados,
falta de maturidade da criança para iniciar a alfabetização e de falta de
possível afetividade por parte da família.
Justifica-se a escolha
para desenvolver as habilidades básicas necessárias ao conhecimento das
deficiências vista por teóricos e salientadas pelos alunos da PARFOR, em
relação a alfabetização, tendo em vista a grande dificuldade encontrada pela
maioria dos professores. Todos os envolvidos com as crianças devem criar
ambiente estimulador que ative os seus esquemas de pensamento, buscando um
aprendizado de forma continua e que abordem todos de uma só vez, mais com
diferentes metodologias.
Para reconhecer em uma
criança com um provável problema de déficit de aprendizagem, se faz necessário
primeiramente entender o que é aprendizagem e quais os fatores que nela intervêm.
A aprendizagem é um processo complicado que se atende no interior do indivíduo
e se manifesta em uma mudança comportamental. Para se situar se houve ou não
aprendizagem é preciso que as mudanças ocorridas sejam relativamente constantes.
Existem pelo menos sete fatores fundamentais para que tal aprendizagem se
efetive. São eles: saúde física e mental, motivação, prévio domínio, maturação,
inteligência, concentração ou atenção e memória. A falta de um desses fatores
pode ser a causa de insucessos e das dificuldades de aprendizagem que irão
surgindo, através da ações contidas no decorrer da trajetória escolar.
A partir das entrevistas e
das atividades estudadas, pode-se entender que uma criança é tida com
dificuldades de aprendizagem, quando apresenta desvios da expectativa de
comportamento do grupo etário a que pertence, ou seja, quando ela não está
ajustada aos padrões da maioria desse grupo, e, portanto, seu comportamento é
perturbado, diferente dos demais.
Cabe ao educador trabalhar
também com a motivação, maturação dos alunos, bem como metodologia, recursos e
procedimentos para criar uma atmosfera agradável para o aprender e sobretudo
com as informações do meio em que o aluno está inserido.
Para
Vygotsky, é o próprio meio que influencia na aprendizagem da criança, ou seja,
a criança constrói o seu conhecimento a partir do momento em que interage com
outras crianças. Essa socialização gradativa garantirá novos horizontes no seu
aprendizado. Já Piaget destaca que a aprendizagem se processa em períodos e que
a criança aprende de acordo com a faixa etária. Outra teoria considerável é a
da Emília Ferreiro, acreditando que a criança que convive num ambiente onde os
pais são cidadãos que possuem maior grau de informação, possuem maiores
condições de serem alfabetizados com mais frequência, devido ao acesso a
leitura e a escrita.
2. OBJETIVOS:
2.1 GERAL:
·
Desenvolver a capacidade de integração
que favoreça estes alunos a compreenderem suas dificuldades no processo de
ensino, para que este possa adquirir progressivamente conhecimentos de
organização de seu mundo.
2.2
ESPECÍFICO:
·
Motivar os alunos através de atividades
lúdicas para o desenvolvimento do ensino aprendizagem;
·
Promover o aprendizado em grupo, a
cooperação e a parceria;
·
Estimular o intercâmbio social, a
autonomia e a solidariedade dos alunos;
·
Desenvolver estratégias criativas para
amenizar o déficit de aprendizagem;
·
Propiciar condições concretas para que
os alunos desenvolvam suas habilidades.
·
Adquirir progressivamente conhecimentos
que lhes ajude a organizar e a sistematizar tanto sua escrita como sua
oralidade, já que eles apresentam tais dificuldades.
·
Apontar as ações de seu cotidiano que
contribua para uma possível observação de suas dificuldades de aprendizagem.
·
Integrar a família ao trabalho da
escola, através de ações sociais e culturais.
3.FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
3.1.
A IMPORTÂNCIA DE SE CONHECER OS PROBLEMAS MAIS COMUNS DE APRENDIZAGEM, ANTES DE
ROTULAR OS ALUNOS.
Chamado corriqueiramente pelos
professores de dificuldade de aprendizagem é um problema que é vivenciado
diariamente por educadores em sala de aula e que desperta a atenção para a existência
de crianças que frequentam a escola e apresentam problemas de aprendizagem. Por
muitos anos, tais crianças têm sido ignoradas, mal diagnosticadas e maltratadas
por não acompanharem a turma e que são taxadas de preguiçosas, lentas, que não
querem nada, que não tem perspectiva de vida, e que são abordadas erroneamente
por profissionais que não fazem uma investigação completa e diagnosticam
precocemente. A dificuldade de
aprendizagem vem frustrando a maior parte dos educadores, pois na maioria das
vezes não encontram solução para esse problema por falta de informação e de
onde encaminhar para um tratamento.
Observamos que as crianças
com D.A apresentam um desafio em matéria de diagnóstico e educação. No entanto,
não é difícil encontrar docentes que consideram esses alunos uma pedra no
caminho. Essa atitude não só desconsidera o aluno, como também encobre a
prática docente do professor, que atribui ao aluno certos adjetivos por falta
de conhecimento sobre o assunto em questão. Muitos desses professores
desconhecem, por completo, que essas mesmas crianças podem estar apresentando
algum problema de aprendizagem de ordem orgânica, psicológica, social ou outra.
É indispensável ao professor, antes de rotular os seus alunos, conhecer os
problemas mais comuns no ensino-aprendizagem para que seu horizonte de reflexão
e, consequentemente, as suas percepções e a visão do todo se ampliem.
Segundo Maria Lúcia Weiss,
A aprendizagem normal
dá-se de forma integrada no aluno (aprendente), no seu pensar, sentir, falar e
agir. Quando começam a aparecer “dissociações de campo” e sabe-se que o sujeito
não tem danos orgânicos, pode-se pensar que estão se instalando dificuldades na
aprendizagem: algo vai mal no pensar, na sua expressão, no agir sobre o mundo.
Ao professor é enfatizada
também a importância do conhecimento do conteúdo da disciplina a ser lecionada
por ele, fazendo-o esquecer-se de que ele é professor. Isso também acontece na
vida moderna – aliás, é uma das suas características – em que o indivíduo se
especializa ao ponto de, muitas vezes, embaçar a sua visão do todo. Ora,
existem alunos em sala de aula, e estes estão lá para aprender, mas a forma
como a matéria é ensinada deve ser tão importante quanto à própria matéria. Por
exemplo, não adianta termos um livro que explique tudo o que precisamos para o
conhecimento de que necessitamos, se ele estiver escrito não somente numa forma
antididática, mas também numa linguagem que desconhecemos por completo. O que
desejamos dizer é que a forma de ensinar deve ser levada a sério e, por isso, é
tão importante quanto o conteúdo, e como tal deve merecer respeito e
compreensão por parte dos gestores, por ter consciência que educação não se faz
só entre paredes e sim num mundo externo.
Souza
(1996) afirma que as dificuldades de aprendizagem aparecem quando a prática
pedagógica diverge das necessidades dos alunos. Neste aspecto, sendo a aprendizagem
significativa para o aluno, este se tornará menos rígido, mais flexível, menos
bloqueado, isto é, perceberá mais seus sentimentos, interesses, limitações e
necessidades.
A
forma de ensinar abrange a observação da criança em sala de aula ou em outras
atividades como educação física, educação artística e recreio. Devemos
verificar como a criança brinca, ouvir o que ela tem a dizer, ouvir as
conversas das crianças entre si, tentar perceber como ela vê o mundo, como
organiza o seu modo de pensar, qual a sua lógica, permitir que ela manipule
objetos diversos, que movimente e aprenda os diferentes conteúdos, utilizando o
seu corpo inteiro.
Segundo Barros (1993), o
dado mais concreto, real e permanente que a criança possui é o seu próprio
corpo, no qual ficam registradas todas as experiências, sensações e
sentimentos. A criança deve ser analisada de maneira global, pois o ser humano
é uma unidade indivisível, na qual todos os sistemas estão inter-relacionados e
são interdependentes. A criança vive num corpo que se relaciona, que cria, que
se expressa, que sofre repressões, que vibra, que se movimenta.
Escreve Miranda:
É através do corpo,
que recebemos as informações sobre o que acontece fora e dentro de nós. Somos
um organismo que, na sua estrutura biológica, tem funções altamente
diferenciadas e evoluídas no nível da consciência. Portanto, nada existe em
nosso organismo que não esteja relacionado com seu funcionamento, na sua
totalidade. (Miranda, 2000, p. 18)
Talvez a maior dificuldade
no relacionamento entre educadores e crianças com problemas de aprendizagem
seja justamente a falta dessa visão global do ser humano, pois a tendência
atual é analisar a criança parte por parte, como se ela fosse só um cérebro, um
ouvido, um nariz ou um par de olhos.
3.1.1 ACREDITAR
NA CAPACIDADE COGNITIVA DA CRIANÇA COM DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM
Também temos presenciado
alguns educadores colocando que crianças de baixa renda são incapazes de
aprender, que seu aluno não aprende porque seu pai também era “burro” na época
em que estudou naquela escola, e que quando entram na sala de aula precisam,
infelizmente, baixar o nível de suas explicações, pois, do contrário, os seus
alunos não aprendem. Estas e outras conversas absurdas são colocadas nas salas
por alguns professores. Por que não buscar soluções e trocar de experiências
com os colegas em vez de rotular seus alunos? É fácil atribuir a uma criança
uma deficiência cognitiva a partir de uma resposta imprópria que ela dá a um
teste, mas se o sujeito fosse um adulto bem colocado socialmente, respondendo
do mesmo jeito, a interpretação seria bem diferente. Isso sem falar das
crianças excepcionais e lesadas cerebrais, que para muitos educadores parecem
incapazes de aprender e não passam de meros cascalhos, mas que, na verdade, são
pedras preciosas, que na sua simplicidade e alegria nos ensinam a viver, e,
quando se acredita no seu potencial e na sua capacidade cognitiva, elas aprendem.
Para Watzlawick (1994), a
utilização do termo “distúrbio de aprendizagem”, chama a atenção para a
existência de crianças que freqüentam escolas e apresentam dificuldades de
aprendizagem, embora aparentemente não possuam defeitos físicos, sensoriais, intelectuais
ou emocionais. Esse rótulo, segundo o autor, ocasionou durante anos que tais
crianças fossem ignoradas, mal diagnosticados ou maltratados e as dificuldades
que demonstravam serem designadas de várias maneiras como “hiperatividade”,
“síndrome hipercinética”, “síndrome da criança hiperativa”, “lesão cerebral
mínima”, disfunção cerebral mínima”, “dificuldade de aprendizagem” ou
“disfunção na aprendizagem”.
Quem é mais inteligente
aquele que fez seu doutorado ou aquele que constrói uma cadeira? Ninguém faz
uma cadeira por instinto, mas por conhecimento adquirido.
O que precisamos entender
é que dificuldades de aprendizagem todas as pessoas têm, e por muitas razões e
causas. Essas dificuldades aparecem em função do que se tem para fazer. Um
adulto tem dificuldade para lidar com um computador, embora na universidade
seja um respeitável cientista ou um homem culto; já o seu filho, utiliza-o sem
maiores problemas. Partimos do princípio de que, dificilmente, as crianças são
iguais, que a diferença entre os indivíduos de um certo grupo é fundamental,
pois sem essa desigualdade não seria possível a troca e, conseqüentemente, o
alargamento das capacidades cognitivas pelo esforço partilhado na busca de
soluções comuns.
4. DESENVOLVIMENTO
METODOLÓGICO
Neste trabalho foi
assinalado em primeiro lugar, as possibilidades de escolha dos professores a
serem entrevistados pelos os organizadores do trabalho, alunos da PARFOR, com o
intuito de observar e obter informações a respeito de alunos que possam ter
possíveis dificuldades de aprendizagem, pelo olhar critico dos seus
professores, já que são eles o espelho de seus alunos, refletindo suas
angústias até mesmo fora de sala de aula.
Ao começa as entrevistas podia se observar que tais
profissionais conheciam do assunto, dificuldade de aprendizagem, já que
possuíam um titulo de psicopedagogas, e que vivenciam no dia-a-dia em sala de
aula problemas semelhantes aos questionados.
Quando demos inicio as inquietações através de perguntas,
os mesmo responderam com propriedade do assunto, focando no que não se deve
fazer ao afirmar que tais crianças tenham déficit de aprendizagem. Pois
relataram que somente pelas mãos de um profissional ou profissionais
qualificados para identificar se realmente se trata de tal transtorno. Levando
também em conta que somente uma observação a olho nu, não o caracteriza com uma
provável deficiência.
As entrevistas ocorreram
nas residências das profissionais individualmente, no período noturno, do mês
corrente, com os aparates tecnológicos simples como um celular gravador, para
que não se perdessem nenhuma informação importantes a ser declarada e depois
comprovada, pelas mesmas, já que quando terminaram os questionamentos, as
mesmas pediram para ouvir o que tinha sido gravado.
Tais informações se
encontram logo abaixo, intitulada como “professora 1 e 2”:
1-Como
identificar transtornos de déficit de aprendizagem numa criança?
Professora
1:
Detectar
quaisquer transtornos de déficit de aprendizagem numa criança é uma tarefa
difícil, porque exige do educador um olhar aguçado, é preciso que ele se
despida de muita coisa, pra poder ver a criança, conhecer a realidade dela,
conhecer a família dela, pra poder entender-la na sua dificuldade, nas atitudes,
nas ações e reações, a maneira que essas criança respondem a aprendizagem dada.
2-
Quais os sintomas apresentados pelas crianças que desenvolve uma um déficit de
aprendizagem
Professora
1:
Os
sintomas apresentados de primeiro momento, uma inquietude incomum, uma
impaciência, uma maneira constante de movimentar-se a todo tempo, de mexer
constantemente os membros superiores e inferiores, por não permanecer quieto na
cadeira por muito tempo. Então essa impaciência me mostrou que algo era
diferente naquela criança, algo acontecia no mundo dela, que tava impedindo
dela avançar na aprendizagem.
3º
E nas tarefas como foi detectados as dificuldades de aprendizagem?
Professora
1:
Nas
atividades, em relação a escrita já de principio mostrava muita dificuldade em
articular as letras em produzir silabas,sons, em ver sentido real das palavras
geralmente entendida como déficit mesmo de letramento de silabação e percebia
que a criança se dava melhor, demonstrava melhor aprendizagem falando,
oralmente, logo eu percebi que no falar não precisa de juntar letra, de
perceber silaba, e isso foi me mostrando o caminho, que aquela criança
precisava de uma atenção especial, cuidados, até diagnosticar qual era o
problema dela.
4º
Essa criança tinha alguma patologia especifica?
Professora
1:
Bom,
essa específica é um fator um tanto polêmico, por que demanda muitos
profissionais é uma situação inclusive que é precisa ser dimestificada, tem que
deixar desfazer os estereótipos em torno disto. Hoje qualquer rebeldia,
qualquer falta de limite, qualquer falta de educação é entendido como
transtornos, déficit e a coisa não é bem assim, para se chegar a uma conclusão
de transtornos de déficit de aprendizagem
é necessário muita investigação,
é necessário provas e testes específicos com aquela criança para poder chegar a
um diagnostico.
Nesse
caso é necessária uma equipe multidisciplinar que envolva fonoaudiólogo,
psicopedagogo, psicólogo, neurologista pra saber se aquela criança tem uma
patologia, algo genérico, que tenha haver com o físico dela, ou se é apenas uma
dificuldade relacionada a cognição.
5º
E como você resolveu essa situação?
Professora
1:
A
dificuldade de aprendizagem dele, eu resolvi da seguinte maneira: Visitando a
família, conhecendo de perto a realidade dele, e nessas visitas eu descobrir
que essa criança convive com os avôs, que os pais são separados, e que
inclusive a avó foi internada num sanatório, varias vezes e que tem um grau
severo de depressão, que toma remédio controlado, que não tem apoio nenhum em
casa da família. E enquanto isso na sala eu trabalhei com essa criança com
afetividade, com todo carinho que ela precisava no sentido de aprendizagem.
Trabalhei com atividade que pudessem elevar a auto-estima dela, fazendo ela se
entender, se reconhecer, reconhecer sua identidade e gradativamente ela foi
vencendo suas dificuldades.
1º
Você tem algum aluno que poderia ter dificuldades de aprendizagem? E como você
identificou a deficiência na aprendizagem desse aluno?
Professora
2
A
criança em questão ela tem alguma características que podem ser relacionadas a
déficit de aprendizagem. Pro fato ser comprovado, precisa de uma investigação
muito grande pra poder se comprovar. Mas, uma das características que ele
apresenta é de falar ou não falar daquele jeito meio devagar mesmo, e depois n
se lembrar do que fez, e na mesma hora que ele faz o nome dele ele faz e depois
vai ter que colar e já se fala de uma criança de oito (8) anos de idade. Então
pode considerar como déficit de aprendizagem. Porque ele já passou da idade dela
já está sabendo as letras, de está fazendo o nome dele, e aí ele fica assim
muito leve nas coisas, o tempo pra ele passa diferente, não é igual a dos
outros, e isso pode ser uma características de déficit de aprendizagem.
2º
Você fez alguma pesquisa pra descobrir isso, ou foi só a olho nu?
Professora
2:
Então
é como eu estou falando, são algumas características que coincidem, não posso
dizer que ele tem, pois não foi feito nenhum trabalho de investigação.
3º
E qual foi o seu trabalho pra resolver essa situação?
Professora
2
Como
não tem nenhuma comprovação desse déficit de aprendizagem, foi feito o trabalho
em sala de aula, ajudando na questão de chamar mais atenção dele manter ele
mais em alerta que ele é muito desligado, fazer mais atividade relacionadas ao
nome dele, que as letras do nome dele ora ele lembrava depois ele já
perguntava: que letra é? Qual é a letra? Do próprio nome dele. Então foi feito
mais atividade, mas, no entanto, foi muito pouco rendimento.
4º
Mas essa investigação foi só na sala de aula ou você saiu, em busca da família,
no meio em que ele vive pra tentar identificar com mais propriedade?
Professora
2:
Não
exatamente. Andei conversando com a mãe, só que a mãe é uma pessoa que tem uma
informação suficiente pra poder falar abertamente do assunto de procurar um
profissional, que é pessoa que tem um poder aquisitivo baixo, então não tem
condições de procurar um psicopedagogo, por exemplo, pra poder ajudar na
investigação. E aí eu conversei mais com ela pra dobrar mais atenção nas
atividades, dizendo que de fato ele está atrasado, que a aprendizagem dele está
em déficit. Mas não vejo exatamente o problema déficit de aprendizagem. Pode
haver outras questões externas que acho que tem influenciado.
Durante
as atividades de estudo para o tema, foram pesquisados sites da internet,
blogs, apostilas sobre as dificuldades de aprendizagem, já que eram as fontes
mais próximas de nossas possibilidades e realidade.
Portanto, o que mais
chamou nossa atenção em nossa pesquisa, foi a disponibilidade dos profissionais
entrevistados e o trabalho desenvolvido por eles para resolver ou pelo ao menos
amenizar esse fatos reais e que se tornam muito mais comum do que se espera, em
virtude da não informação correta a respeito desse assunto.
Podemos então argumentar e
propor que toda escola mesmo ela sendo pequena, tenha um acompanhamento de um
profissional qualificado na área para respaldar o professor quando ele estiver
nessa situação. Podendo também encaminhar essas crianças para um atendimento
especifico em clinicas que contenham profissionais como pedagogos,
psicopedagogos, psiquiatras, fonoaudiólogo, psicólogos, já que nossas crianças
são carentes mesmo de informação, tais como seus pais.
Fazer um acompanhamento
prévio com suas famílias, para identificar mais de perto, sobre como essa
crianças vivem e em que situações são postas. Fazendo com que essas famílias se
conscientizem sobre a situação em que seus entes estão inserido e que podem
está precisando de ajuda, principalmente afetiva.
Diferenciar os métodos, de
acordo com a necessidade de cada aluno, já que se foi diagnosticado como um dos
possíveis deficientes em aprendizagem. Sabemos que não é tarefa fácil usar de
atividades diversificadas, já que nossas escolas não detêm de materiais
específicos para tais alunos, e tempo disponível para os mesmos, já que temos
de dar conta de uma sala inteira, cheia de aluno, com distorção de idade e sem
apoio da secretaria quanto a outro profissional como um auxiliar em tempo
integral a do professor.
Trabalhar constantemente
em grupo com os alunos, para que eles tenham a destreza e habilidade de
trabalharem juntas em socialização de conteúdos, para que possam organizar e
sistematizar os assuntos referentes à sua vivencia seja ela dentro ou fora da
escola.
5. CONCLUSÃO
Um educador não pode
subestimar a criança, deve proporcionar um meio cultural de experiências
enriquecidas, no qual possa desenvolver plenamente suas capacidades. O que é
preciso entender é que dificuldades de aprendizagem todas as pessoas têm, e por
muitas razões e causas e as mesmas aparecem em função do que se tem para fazer.
Na entrevista com as
professoras, elas relatam que seus alunos apresentam algumas características
relacionadas ao déficit de aprendizagem. Segundo sua observação o aluno
aprendia mais em seguida esquecia de que tinha aprendido, notando que ele não
tinha atenção durante as aulas e não desenvolvia suas habilidades para
facilitar a construção e a sistematização de seus conhecimentos. Após observar
notou que este aluno não dominava a escrita nem mesmo a oralidade, sentindo
muita dificuldade.
Então as professoras
procuraram conhecer suas famílias percebendo que estes alunos eram filhos de
pais separados, por isso, não sabia dizer esta dificuldade de aprendizagem era
efeito do processo de desenvolvimento cognitivo ou por este aluno não ter um
base familiar estruturada.
Portanto, procurou
ajudá-los, fazendo atividade que o levassem, ater mais concentração durante as
aulas e assim levá-los a ter um maior desenvolvimento.
Todas as crianças,
independentes de quaisquer atributos usados para defini-las, possuem condições
para, por si mesmas, progredirem do ponto de vista do conhecimento. Cabe ao
educador, proporcionar um ambiente rico e desafiador, compreendendo que o
processo de aprendizagem baseia-se na ação do sujeito, inicialmente, as ações
concretas sobre objetos concretos respondem pela constituição dos esquemas, e
no último estágio, as ações abstratas (operações) sobre objetos abstratos
respondem pela continuação dos conceitos.
6. Cronograma de atividades
Data
|
Atividade
|
30/04/2013
|
Estruturação da atividade e organização das
equipes
|
01/05 a 03/05
|
Período para
realização da atividade e
prática Análise das entrevistas e elaboração do
relatório
|
04/05
|
Envio do
relatório (por email)
|
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BARROS, Cristiane G. Controle social e desvios. Revista
Brasileira de Filosofia, v. XLI, n.172, out./nov./dez.1993, p. 396-412
WATZLAWICK, Paul. (org.). A realidade inventada. São Paulo: Psy Editorial, 1994.
MIRANDA, M. I. Crianças com problemas de
aprendizagem na alfabetização:contribuições da teoria
piagetiana. Araraquara: JM Editora, 2000.
SOUZA, E. M. Problemas de aprendizagem – Crianças de 8 a 11
anos. Bauru:
EDUSC, 1996.
VYGOTSKY, L.S. A
formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989
MIRANDA, M. I. Crianças com problemas de
aprendizagem na alfabetização:contribuições da teoria
piagetiana. Araraquara: JM Editora, 2000.
Pedagogia ao pé da letra. Disponível em: http://www.pedagogiaaopedaletra.com.br/posts/um-enfoque-sobre-as-dificuldades-de-aprendizagem-de-alunos-do-ciclo-basico-inicial/ Acesso em maio de 2013.
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